sábado, 19 de novembro de 2016

Preconceito a melanina

Alexandra Loras e uma pessoa que me da prazer ouvir. Nao apenas pelo sotaque maravilhoso . suas ideas e colocacoes sao sempre interessantes. Aborda o preconceito a pele de forma bem centrada. Compara negros brasileiros e franceses ( acha que existe uma sintonia pela forma com que estima foi massacrada) ao negro dos EUA. Este ultimo possui mais poder economico, na midia, maior representatividade e assim cresce com muitas referencias. Ate os anos 60, negros nao tinham acesso a muitos lugares. Apesar de apenas 13% da populacao ser negra em 40 anos houveram muitas conquistas dando a impressao desta porcentagem chegar a 75% . No Brasil onde 57% da populacao e negra ( que se trata como minoria), voce nao percebe as mesmas conquistas, na Tv vemos apenas 4%. Qunado um negro e morto por policial nos EUA, ito repercute mundialmente, aqui, onde a cada 23 min um negro e morto, nao se fala nem se escuta. Uma mensagem subliminar que bandido bom e bandido morto, como a melanina se faz presente em nosso sistema carcerario, negro bom seria negro morto. Isto torna o Brasil, o pais mais racista do mundo. Segundo pais com maior populacao negra e estes sem representacao em varios segmentos sociais. Nemnum desenho animado com protagonista negro, nas novelas e filmes apenas uma gotinha de representacao. Liderancas nem se fala..Precisamos mudar a narrativa que inferioriza um ser humano levando- se em conta sua producao de melanina.

Apenas 2% de populacao com menos melanina e olhos azuis no mundo. As pessoas nao se dao conta de quanto e prejudicial as narrativas que tentam sabotar uma forma de trabalhar este problema. Por exemplo , achar que devemos ter o dia da cosnciencia humana e nao apenas negra, ou dizer que cotas irao manter o problemas, e ainda a maxima de se contar um evento de superacao e usar como a regra e nao a exceccao.

O conceito de Racas Humanas e toxico, vazio e perigoso, entretanto esta ficando cada vez mais obsoleto( felizmente). Vazio pois sabemos que "racas humanas"nao existem como entidades biologicas. Existem diferentes etnias. Perigoso, pois o conceito de "raca"tem sido usado para justificar discriminacao, exploracao e tantas outras atrocidades.
Os gregos introduziram um conceito de numero aureo, se voce divide altura e comprimento de qualquer forma de vida voce chega a raiz de 5 mais 1 sobre 2 : numero aureo. Em 53, Uma das duplas de cientistas mais importantes da era moderna fizeram a analise da dupla helice do DNA e provaram que nao importa se voce e negro, branco, judeu, indio, todos crescem na mesma proporcao de um numero aureo. Somos igual na essencia. Nao existe raca e sim etnias.

Desde segunda Guerra Mundial estudos que promoviam um debate sobre idea de raca na biologia e ciencias socias foram promovidos. Recentes pesquisas geneticas colocam por terra uma nocao de dividir nossa especie em racas. Nossa consittuicao genetica e semelhante o suficiente para que uma pequena porcentagem de genes(geralmente ligados a adaptacao do individuo aos diferentes meio ambientes) que se distinguem nao justifique a classificacao em racas. No Brasil, a cor, como socialmente percebida, tem pouca relevancia biologica, pois cada brasileiro tem uma proporcao individual unica de ancestralidade amerindia, europeia e africana. O conceito de raca e social e nao biologico. Precisamos descontextualizar esse processo cientifco do cenario historico que os esta produzindo.

A discussao e muito pertinente em um momento em que acoes afirmativas baseadas em conceitos raciais, como leis de cotas, surgem para tentar corrgir problemas sociais relacionados ao erroneo conceito de raca, que justificou um periodo de escravidao legal.