quinta-feira, 25 de abril de 2024

Desindustrialização no Brasil: Os Impactos da Lei Kandir e a Contraposição com o Desenvolvimento Industrial nos Países Desenvolvidos

 Atenção ao que estamos vendo. O Brasil produz cerca de 260 milhões de toneladas de grãos, dos quais aproximadamente 230-240 milhões são exportados. No entanto, proporcionalmente, isso é muito pouco para a população brasileira. Se excluirmos os grãos exportados, como soja e milho, e também a cana-de-açúcar, a produção de alimentos para consumo humano no Brasil é menos da metade do necessário. Isso contrasta fortemente com países como a China e a Rússia, que estão produzindo mais alimentos do que sua população consome. A China, em particular, está se tornando uma grande exportadora mundial de alimentos, enquanto o Brasil enfrenta problemas de insegurança alimentar, com cerca de 33 milhões de pessoas passando fome.


É importante entender que o agronegócio brasileiro não está voltado para alimentar sua própria população, mas sim para atender às demandas do mercado externo, como a China, que consome uma grande quantidade de soja brasileira para alimentar seu rebanho de porcos. Essa dependência do mercado externo nos coloca em uma posição vulnerável, especialmente diante de competidores como a Rússia e o leste da África, que têm condições mais favoráveis para a produção agrícola.

Portanto, é fundamental repensar nossa abordagem ao agronegócio e buscar soluções para garantir a segurança alimentar da população brasileira, especialmente diante das mudanças climáticas e da concorrência global cada vez mais acirrada.

Os recursos humanos, naturais e energéticos são essenciais para qualquer nação.
Grande parte dos recursos energéticos do planeta concentram-se no Oriente Médio e na bacia do Cáspio.
A produção industrial está concentrada na Coreia, Japão e leste da China.
A China é a maior produtora mundial de alimentos e possui uma grande produção agrícola.
A Europa não tem recursos naturais nem energéticos em quantidade significativa e é dependente da Rússia.

A estratégia dos Estados Unidos é fazer a Europa comprar recursos energéticos caros deles.

A desindustrialização da Europa levará ao aumento do desemprego e da dependência energética.
A Lei Kandir no Brasil favorece a exportação de produtos primários em detrimento da indústria.
O processo de desindustrialização no Brasil está associado à reprimarização da economia.
A África está recebendo investimentos, enquanto o Brasil parece estar voltando ao século XIX.
O texto argumenta a necessidade de abolir a Lei Kandir e investir no desenvolvimento industrial e tecnológico.
A desindustrialização em curso no Brasil foi iniciada no governo de Fernando Henrique Cardoso a partir da aprovação da Lei Kandir.

Essa desindustrialização prosseguiu fortemente nos governos subsequentes.

O país abriu mão de suas indústrias para financiar o setor primário exportador, resultando em menos indústrias e mais foco em mineração e agronegócio.
A Lei Kandir isenta produtos primários de impostos estaduais, o que beneficia os exportadores, mas não contribui para infraestrutura pública, educação, ciência e tecnologia.
A mensagem implícita é que o lucro está nos setores primários, com grande impacto ambiental e pouca geração de empregos.
Ao favorecer a produção e exportação de itens de baixa tecnologia, a Lei Kandir não estimula o desenvolvimento industrial.
Enquanto isso, países como Estados Unidos e Europa têm um processo de hiperterfilia do setor terciário, com ênfase em finanças e serviços.
Nas economias desenvolvidas, as indústrias migram para o Sudeste Asiático, deixando o setor terciário dominante.

Isso resulta em uma força de trabalho com maior presença no setor de serviços, incluindo trabalhadores de colarinho azul e branco.

O autor critica a falta de investimento em educação e tecnologia no Brasil, enfatizando a necessidade de abolir a Lei Kandir para promover o desenvolvimento industrial e social.